Viver em Paz com a Ansiedade

Segundo o dicionário, no Mundo da Psicologia, a ansiedade é uma «perturbação psicológica caracterizada pela expetativa de um perigo, perante o qual o indivíduo se sente indefeso.»

Resumindo, é uma reação natural do nosso corpo quando estamos numa situação mais vulnerável. Esta reação funciona como um mecanismo de sobrevivência para lidar com situações que nos coloquem em alerta de “perigo”.

Todos nós já sofremos de ansiedade em algum momento do nosso dia-a-dia, como por exemplo, idas a entrevistas de emprego, falar em público, etc.

Podemos ver também a ansiedade pelo lado positivo porque estes alertas que o nosso cérebro nos envia, ajuda-nos a ter uma organização prévia ao acontecimento, já pelo lado negativo, a ansiedade pode originar sintomas mais frequentes e intensos.

Há treze anos que tenho transtorno de ansiedade, mas nada me impede de viver a vida em paz. A ansiedade veio sorrateiramente ter comigo, e foi embora quando rebentou a bomba.

A minha ansiedade girava em torno de todos os empregos que tive, o medo do primeiro dia de trabalho e o possível último era um misto de ansiedade e medo, o que se tornou mais tarde em ataques de pânico. A minha qualidade de vida esteve comprometida nestas situações.

Ainda nos dias de hoje, embora mais controlada, continuo a conviver com a ansiedade, uns dias bons e outros maus.

Dores de cabeça, enjoos, exaustão mental, mãos e pernas a tremer são alguns dos sintomas que tenho num dia menos bom.

Créditos: DR

Viver com a ansiedade é como viver sempre exausta, é viver com o coração a mil, é perder a esperança.

Felizmente há tratamento e maneiras de atenuar a ansiedade.

Algumas estratégias que me ajudaram na luta contra a ansiedade:

  • Respiração

Ao longo das terapias aprendi que a respiração é uma boa ferramenta para que os sintomas sejam mais leves.

Exemplo:

– Inspira pelo nariz, puxa bem o ar, e suavemente deixa sair o ar pela boca, ou tapa uma narina e faz o mesmo processo

Uma respiração mais calma e ritmada ajuda a mais o ritmo cardíaco mais rapidamente.

  • Alimentação/Atividade Física

Sempre ouvi dizer “somos o que comemos”. E de facto é verdade, tudo o que comemos define quem somos.

Procura ingerir menos açúcar possível, ingere alimentos com mais vitaminas. A atividade física também é um fator importante, escolhe uma atividade que gostes e pratica duas vezes por semana. A prática de atividade física aumenta os níveis do nosso bem-estar, melhora o sono e diminui o stress.

  • Terapia

A ajuda de um profissional da área de saúde mental torna tudo um pouco mais fácil. O psicoterapeuta vai ajudar a identificar e modificar os padrões disfuncionais de pensamentos e comportamentos.

Juntamente com a psicoterapia, a psiquiatria também poderá ajudar nestes casos receitando medicamentos que ajudem a aliviar os sintomas.

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